Revolade (eltrombopague) deve ser coberto pela Sul América

Revolade (eltrombopague) deve ser coberto pela Sul América

Revolade Eltrobompague

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Revolade (eltrombopague) deve ser coberto pelo plano de saúde Sul América, uma vez que o médico, após avaliar o quadro clínico do paciente, optou pelo seu uso no tratamento.

O Revolade (eltrombopague) é indicado para o tratamento da púrpura trombocitopênica imunológica, uma doença autoimune caracterizada pela destruição das plaquetas, células produzidas na medula óssea e ligadas ao processo de coagulação inicial do sangue.  

E, apesar de ser fundamental para o tratamento da doença, o plano de saúde Sul América tem negado o custeio do tratamento aos seus usuários. O que é ilegal.

Por isso, se você necessita desse medicamento, veja neste artigo como a Justiça tem condenado o plano de saúde Sul América a fornecer o Revolade (eltrombopague).

Entenda:

  • Os motivos pelos quais a Sul América nega o custeio do Revolade
  • O que a Justiça considera para obrigar o plano de saúde a custear esse medicamento
  • Como proceder para conseguir o custeio do Revolade (Eltrombopague)
  • Qual prazo para ter acesso ao medicamento pela Justiça

Quer saber a resposta para essas e outras dúvidas e entender o que deve ser feito para que o seu plano de saúde cubra o seu tratamento com Revolade?

Continue a leitura deste artigo preparado pelo escritório Elton Fernandes – Advocacia Especializada em Saúde!

A Sul América alega que é um medicamento de uso domiciliar. A Justiça condena a operadora nesse caso?

Sim. Só são excluídos da obrigatoriedade de custeio pelo convênio, “medicamentos muito simples – anti-inflamatórios, analgésicos de uso comum – e não medicamentos como esse, por exemplo, que é de uso essencial para o tratamento clínico”.

Isso quer dizer que, mesmo que o paciente não esteja internado, o Revolade (eltrombopague) deve ser coberto pelo plano de saúde Sul América aos segurados, sempre que houver indicação médica para sua utilização.

A operadora de saúde alegou que o medicamento não consta no rol da ANS, mesmo assim a Justiça condena o plano de saúde?

Sim. Se seu médico optou pelo Revolade (eltrombopague) para o tratamento, é um direito seu garantido por lei, ainda que não esteja descrito no Rol de Procedimentos da ANS (Agência Nacional de Saúde).

Este medicamento tem registro sanitário na Anvisa e, diz a Lei, que sempre que um remédio tiver regisro sanitário na Anvisa, o plano de saúde e obrigado a fornecer o tratamento, mesmo fora do rol da ANS ou mesmo que esse medicamento seja de uso domiciliar”, afirma Elton Fernandes.

A Justiça condena o plano de saúde Sul América a fornecer o medicamento Revolade, porque entende que esse rol não pode ser taxativo, e, sim, apenas um inventário exemplificativo.

A Justiça entende, ainda, que o caráter experimental do tratamento também não deve ser considerado para que se negue o custeio do medicamento.

Veja na decisão a seguir:

Plano de saúde. Autora com quadro de doença autoimune denominada PTI (Púrpura Trombocitopenica Imunológica). Expressa indicação médica do medicamento denominado Revolade. Recusa à cobertura sob o fundamento de que ausente previsão no rol da ANS, bem como caráter experimental do fármaco. Abusividade. Dever de cobertura. Orientação sumulada. Sentença mantida. Recurso desprovido.

No caso transcrito acima, a decisão considera como abusiva a negativa de cobertura do plano de saúde, que alegou ausência previsão no rol da ANS e o caráter experimental do fármaco.

Os medicamentos registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária não podem ser considerados experimentais, mesmo que a indicação de uso feita pelo médico não conste na bula (tratamento off-label).

Revolade 25 mg Eltrobompague

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O que é necessário para a Justiça condenar o plano de saúde Sul América a fornecer o medicamento Revolade (eltrobompague)?

Considerando que esse medicamento tem registro sanitário na Anvisa, você precisa apenas de um relatório médico detalhado expondo seu quadro clínico, seu histórico de saúde e, ainda, a confirmação da urgência e os riscos de não utilizar a medicação.

Com essa documentação junto aos seus documentos pessoais, como RG, CPF e o comprovante de pagamento da última mensalidade do plano de saúde (se for possível), você conseguirá, com a ajuda de um advogado especialista em planos de saúde, ingressar com uma ação judicial para garantir que o Revolade (eltrombopague) deve ser coberto pelo plano de saúde Sul América.

Em quanto tempo consigo o custeio do Revolade (eltrombopague) na Justiça?

Geralmente, esse tipo de ação judicial é feito com pedido de liminar e o juiz normalmente concede uma liminar logo no início do processo. Nesses casos, muitas vezes, em 48 horas, a Justiça defere esse tipo de tutela de urgência.

Quer conhecer um pouco mais sobre o que é liminar e o que acontece depois da análise da liminar? Veja aqui:

A Justiça entende que esse tipo de ação judicial é uma solicitação urgente, pelo risco iminente de morte do usuário pela falta do tratamento, por exemplo.

Portanto, para que o paciente possa ter o custeio do medicamento, a Justiça costuma decidir rapidamente pela liminar:

No mais, certamente a prescrição do médico especialista que assiste a paciente levou em conta a agressividade e a localização da moléstia. Pelo exposto, CONCEDO A TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA ANTECIPADA para obrigar a requerida a fazer autorizar o tratamento indicado na inicial com o medicamento REVOLADE, nos exatos termos da prescrição médica, no prazo de 48 horas, a contar do conhecimento da presente decisão, sob pena de multa diária de R$ 10.000,00 (dez mil reais), até o limite de R$ 100.000,00 (cem mil reais), podendo ser modificado, a qualquer momento, caso o plano de saúde se recuse a fornecer o medicamento Revolade.

Por isso, não deixe de procurar ajuda. Busque um advogado especialista em planos de saúde para mover uma ação judicial que garanta o seu tratamento.

Essa é uma ação muito comum e, não raramente, Justiça condena o plano de saúde a fornecer o Revolade (eltrombopague).

Observe nesta decisão a seguir que, em muitos casos, o medicamento Revolade deve ser fornecido rapidamente sob a pena de o plano de saúde ter que arcar com multas diárias na hipótese de não cumprimento da decisão.

No mais, certamente a prescrição do médico especialista que assiste a paciente levou em conta a agressividade e a localização da moléstia. Pelo exposto, CONCEDO A TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA ANTECIPADA para obrigar a requerida a fazer autorizar o tratamento indicado na inicial com o medicamento REVOLADE, nos exatos termos da prescrição médica, no prazo de 48 horas, a contar do conhecimento da presente decisão, sob pena de multa diária de R$ 10.000,00 (dez mil reais), até o limite de R$ 100.000,00 (cem mil reais), podendo ser modificado, a qualquer momento, caso o plano de saúde se recuse a fornecer o medicamento Revolade.

Sendo assim, busque seus direitos na Justiça. Não fique sem o tratamento adequado.

Como contratar um advogado especializado em Saúde?

Se você teve o fornecimento do Revolade negado pelo plano de saúde, independente do local que mora, pode contar com o auxílio de um advogado especialista em Direito à Saúde.

Nosso escritório, por exemplo, está sediado em São Paulo, mas atende em todo o país, de maneira remota.

Isto porque, atualmente, todo o processo é inteiramente eletrônico. Desse modo, tanto a entrega de documentos como as reuniões e audiências ocorrem no ambiente virtual.

Portanto, esteja você em qualquer cidade do país, é possível contar com a experiência de um escritório especialista em Direito à Saúde como o nosso, habituado a lidar com ações judiciais tanto contra planos de saúde quanto o SUS.

Este tipo de ação é causa ganha?

Nunca se pode afirmar que se trata de “causa ganha”. E, para saber as reais possibilidades de sucesso de sua ação, é fundamental conversar com um advogado especialista em Direito à Saúde para avaliar todas as particularidades do seu caso, pois há diversas variáveis que podem influir no resultado da ação, por isso, é necessário uma análise profissional e cuidadosa.

O fato de existirem decisões favoráveis em ações semelhantes mostra que há chances de sucesso, mas apenas a análise concreta do seu caso por um advogado pode revelar as chances de seu processo. Portanto, converse sempre com um especialista no tema.

Se você ainda tem dúvidas sobre o fornecimento do Revolade (eltrobompague) pelo plano de saúde, fale conosco. A equipe do escritório Elton Fernandes – Advocacia Especializada em Saúde atua em ações visando a cobertura de medicamentos, exames e cirurgias, casos de erro médico ou odontológico, reajuste abusivo, entre outros.

 

Escrito por:

Autor Elton Fernandes

Elton Fernandes, advogado especialista em ações contra planos de saúde e professor de pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar da USP de Ribeirão Preto, da Escola Paulista de Direito (EPD) e do Instituto Luiz Mário Moutinho, em Recife.

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Nossos especialistas estão preparados para orientá-lo em casos envolvendo erro médico ou odontológico, reajuste abusivo no plano de saúde, cobertura de medicamentos, exames, cirurgias, entre outros.

Não importa se seu plano de saúde é Bradesco, Sul América, Unimed, Unimed Fesp, Unimed Seguros, Central Nacional, Cassi, Cabesp, Notredame, Intermédica, Allianz, Porto Seguro, Amil, Marítima Sompo, São Cristóvão, Prevent Senior, Hap Vida ou qualquer outro plano de saúde.

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