Revolade (eltrombopague): plano de saúde Bradesco deve custear

Revolade (eltrombopague): plano de saúde Bradesco deve custear

Revolade 25 mg Eltrobompague

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O Revolade (eltrombopague) é um medicamento, em muitos tratamentos, essencial para o quadro clínico do paciente. Ainda assim, o plano de saúde Bradesco tem negado o seu custeio para o tratamento de seus usuários.

No entanto, nenhum consumidor deve sofrer com a recusa do plano de saúde em fornecer o Revolade.

Essa negativa é considerada abusiva e ilegal muito frequentemente pela Justiça, e pode ser resolvida rapidamente em uma ação judicial.

“Este medicamento tem registro sanitário na Anvisa e, diz a Lei, que sempre que um remédio tiver regisro sanitário na Anvisa, o plano de saúde e obrigado a fornecer o tratamento, mesmo fora do rol da ANS ou mesmo que esse medicamento seja de uso domiciliar”, afirma o advogado especialista em planos de saúde, Elton Fernandes.

Portanto, se você precisa de informações sobre como proceder para obter o medicamento Revolade (eltrombopague) pelo plano de saúde Bradesco, ou por qualquer outra operadora, por intermédio da Justiça, continue a leitura deste artigo.

Entenda:

  • Por que os planos de saúde se negam a custear o tratamento;
  • Qual é o posicionamento da Justiça sobre a cobertura de Revolade;
  • Como agir para obrigar os planos de saúde a custearem o tratamento.

O plano de saúde Bradesco negou o medicamento por não estar no rol da ANS. O que devo fazer?

O Revolade (eltrombopague) é um medicamento indicado para o tratamento da PTI (púrpura trombocitopênica imunológica).

Essa é uma doença autoimune, na qual há a destruição das plaquetas, células produzidas na medula óssea e ligadas ao processo de coagulação inicial do sangue.  

E, ainda que o medicamento não esteja indicado no rol da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), o plano de saúde Bradesco deve custear o Revolade (eltrombopague) sempre que houver recomendação médica.

Isto porque o requisito fundamental para a cobertura pelo plano de saúde é que o remédio seja registrado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Veja na decisão judicial a seguir:

Plano de saúde. Autora com quadro de doença autoimune denominada PTI (Púrpura Trombocitopenica Imunológica). Expressa indicação médica do medicamento denominado Revolade. Recusa à cobertura sob o fundamento de que ausente previsão no rol da ANS, bem como caráter experimental do fármaco. Abusividade. Dever de cobertura. Orientação sumulada. Sentença mantida. Recurso desprovido.

“Todo contrato se submete à lei. O rol de procedimentos da ANS é inferior à lei. A lei dos planos de saúde garante o acesso a esse tipo de medicamento. Sendo registrado na Anvisa, como é este remédio, ele deve ser fornecido a você”, afirma Elton Fernandes.

O que a Justiça também leva em consideração é que cabe ao médico escolher a melhor opção para o tratamento de seu paciente, como é possível observar na decisão transcrita abaixo.

Trata-se de pedido de tutela antecipada em que o autor pretende a autorização para o fornecimento do medicamento REVOLADE - ELTROMBOPAG indicado na inicial, negado ao argumento de falta de previsão no rol da ANS. É entendimento sedimentado da jurisprudência no sentido de que cabe ao médico, e não à operadora de saúde, direcionar e escolher a melhor terapia para o paciente.

Revolade Eltrobompag

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Possuo um plano básico da operadora Bradesco, tenho direito a requerer o tratamento com Revolade pelo plano?

Certamente. Caso seu médico tenha decidido que esse é o melhor tratamento para você, o plano de saúde Bradesco deve custear Revolade (eltrombopague), ainda que o seu contrato seja apenas ambulatorial, por exemplo.

Não importa o tipo de plano de saúde, se é básico ou executivo, se seu plano é de uma operadora pequena, grande ou até um plano de saúde autogestão, já que é um medicamento registrado pela Anvisa, e somente isso basta para que o plano de saúde seja obrigado a custeá-lo.

O que é necessário para conseguir o medicamento Revolade pelo plano de saúde Bradesco?

O que você precisará ter em mãos é um relatório do seu médico detalhando seu histórico clínico, explicitando os motivos do tratamento com essa medicação.

Caso você tenha apresentado esse relatório ao plano de saúde Bradesco e tenha obtido uma negativa à sua solicitação, procure um advogado especialista em planos de saúde.

Este profissional terá a melhor argumentação jurídica para o seu caso e conseguirá, de forma rápida, uma liminar, levando a Justiça a garantir que o plano de saúde Bradesco forneça o Revolade (eltrombopague) para o seu tratamento.

Quanto tempo demora para que a Justiça condene o plano de saúde Bradesco a fornecer o Revolade?

Essa decisão ocorre rapidamente, antes mesmo de o processo judicial terminar.

Isto porque a Justiça defere a liminar, também conhecida como tutela de urgência, em até 72 horas, obrigando o plano de saúde Bradesco a fornecer o Revolade rapidamente.

Quer saber um pouco mais sobre o que é liminar e o que acontece depois da análise da liminar? Veja aqui: 

Observe nesta decisão a seguir que, em muitos casos, o medicamento Revolade deve ser fornecido rapidamente sob a pena de o plano de saúde ter que arcar com multas diárias na hipótese de não cumprimento da decisão.

No mais, certamente a prescrição do médico especialista que assiste a paciente levou em conta a agressividade e a localização da moléstia. Pelo exposto, CONCEDO A TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA ANTECIPADA para obrigar a requerida a fazer autorizar o tratamento indicado na inicial com o medicamento REVOLADE, nos exatos termos da prescrição médica, no prazo de 48 horas, a contar do conhecimento da presente decisão, sob pena de multa diária de R$ 10.000,00 (dez mil reais), até o limite de R$ 100.000,00 (cem mil reais), podendo ser modificado, a qualquer momento, caso o plano de saúde se recuse a fornecer o medicamento Revolade.

Sendo assim, busque seus direitos na Justiça. Não fique sem o tratamento adequado.

Este tipo de ação é causa ganha?

Nunca se pode afirmar que se trata de “causa ganha”. E, para saber as reais possibilidades de sucesso de sua ação, é fundamental conversar com um advogado especialista em Direito à Saúde para avaliar todas as particularidades do seu caso, pois há diversas variáveis que podem influir no resultado da ação, por isso, é necessário uma análise profissional e cuidadosa.

O fato de existirem decisões favoráveis em ações semelhantes mostra que há chances de sucesso, mas apenas a análise concreta do seu caso por um advogado pode revelar as chances de seu processo. Portanto, converse sempre com um especialista no tema.

Se você ainda tem dúvidas sobre o fornecimento do Revolade (eltrobompague) pelo plano de saúde, fale conosco. A equipe do escritório Elton Fernandes – Advocacia Especializada em Saúde atua em ações visando a cobertura de medicamentos, exames e cirurgias, casos de erro médico ou odontológico, reajuste abusivo, entre outros.

 

Escrito por:

Autor Elton Fernandes

Elton Fernandes, advogado especialista em ações contra planos de saúde e professor de pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar da USP de Ribeirão Preto, da Escola Paulista de Direito (EPD) e do Instituto Luiz Mário Moutinho, em Recife.

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Não importa se seu plano de saúde é Bradesco, Sul América, Unimed, Unimed Fesp, Unimed Seguros, Central Nacional, Cassi, Cabesp, Notredame, Intermédica, Allianz, Porto Seguro, Amil, Marítima Sompo, São Cristóvão, Prevent Senior, Hap Vida ou qualquer outro plano de saúde.

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