Radioembolização com Yttrium-90: Plano de saúde deve custear o procedimento?

Radioembolização com Yttrium-90: Plano de saúde deve custear o procedimento?

O procedimento de radioembolização com Yttrium-90 é um dos procedimentos mais modernos que existem atualmente para tratamento de câncer hepático. O tratamento é de alto custo, e, atualmente, consta que está sendo realizado apenas nos Hospitais Albert Einstein e Sírio-Libanês.

Mesmo que o plano de saúde não possua os referidos hospitais em sua rede credenciada, a Justiça tem entendido que o procedimento deve ser custeado, uma vez que o paciente não pode deixar de ter acesso a métodos mais modernos de tratamento.

Portanto, não havendo hospital que realize o tratamento na rede credenciada que dispõe o paciente, é dever do plano de saúde garantir o atendimento fora da rede credenciada, tal como em hospitais como Sírio Libanês e Albert Einstein.

Quer saber mais sobre o assunto? Continue lendo o nosso artigo e saiba como fazer o Plano custear o procedimento de radioembolização, caso seja negado por ele.

O que é e para que serve o procedimento de radioembolização com Yttrium-90?

A radioembolização com Yttrium-90 que é realizado por uma punção vascular na região inguinal e com a aplicação de microesferas radioativas de Yttrium-90 diretamente no tumor.

Ele é uma opção muito eficaz para pacientes com tumores inoperáveis no fígado. Além disso, retarda o avanço da doença, o que melhora a qualidade de vida do paciente.

Como funciona o procedimento de radioembolização?

Segundo o site do próprio Hospital Sírio-Libanês, o procedimento é constituído por microesferas contendo o princípio radioterápico isotópico e ítrio que agem internamente no tumor. Um cateter é introduzido por uma artéria da perna e as microesferas alcançam as lesões hepáticas, que são combatidas internamente, por meio da radiação emitida.

Assim, o procedimento de radioembolização combina embolização e radioterapia, consistindo em injetar microesferas radioativas na artéria hepática.

Dessa maneira, as microesferas de ítrio 90 (Y-90) são introduzidas e se alojam nos vasos sanguíneos próximos do tumor, emitindo radiação por alguns dias. 

Com isso, a radiação percorre uma distância muito curta e seus efeitos se limitam ao tumor.

Quanto custa o procedimento de radioembolização com Yttrium?

O procedimento de radioembolização com Yttrium pode chegar a custar em torno de R$ 40 mil. Ou seja, tem um custo alto e muitas pessoas não têm recursos financeiros suficientes para pagar o tratamento.

Plano de saúde deve custear o procedimento?

O Plano de Saúde deve custear a radioembolização, assim como vários outros procedimentos e medicamentos de alto custo.

Entretanto, alguns convênios costumam negar a cobertura do procedimento por causa da sua ausência no Rol de Procedimentos da ANS, o que faz da negativa totalmente sem fundamento.

Isso porque o Rol da ANS não é justificativa suficiente para que o Plano de Saúde negue a cobertura do procedimento, porque o médico é quem fez o laudo constatando que o paciente precisa fazer o tratamento e sabe qual é o mais adequado.

Além disso, o Poder Judiciário afirma que é abusiva a negativa de cobertura com o argumento de não inclusão no Rol da ANS.

Negativa do Plano de saúde para a cobertura do procedimento de Radioembolização com Yttrium-90. O que fazer?

Quando o Plano de Saúde nega a cobertura do tratamento de radioembolização com Yttrium-90, o paciente deve ingressar com uma ação judicial para conseguir o seu direito.

Para isso, ele precisará de um advogado especializado na área que possa fazer todo o processo.

O que é necessário para entrar com uma ação contra o plano de saúde?

O primeiro passo para quem for entrar com uma ação judicial é reunir todos os documentos que comprovem que o Plano de Saúde negou a cobertura do tratamento.

Os documentos principais são:

  • Laudo e relatório médico detalhado que justifique a necessidade do tratamento com radioembolização com Yttrium-90.
  • Contrato do Plano de Saúde;
  • Recusa do Plano de Saúde, com protocolos de e-mails, ligações e a negativa;
  • Comprovante de pagamento das mensalidades;
  • Carteirinha do Plano de Saúde, CPF e RG.

Com todos os documentos separados, basta entrar em contato com um advogado especialista na área de saúde para que ele faça todo o processo contra o Plano de Saúde.

Consulte o advogado Elton Fernandes, especialista em ação contra Plano de Saúde, e consiga a cobertura do seu procedimento!

Afinal, o plano de saúde é obrigado a custear o procedimento de radioembolização?

O Plano de Saúde tem que custear a radioembolização, caso não haja hospital para realizar o procedimento dentro da rede credenciada contratada do Plano de Saúde, Ou seja, ele deve custear o tratamento em redes privadas. 

Conclusão

Neste artigo, você entendeu que o Plano de Saúde precisa custear o tratamento de radioembolização em redes privadas, caso não haja cobertura do procedimento em hospitais credenciados no convênio.

Assim, se o Plano de Saúde negar a cobertura, o paciente deve entrar em contato com um advogado que elabora a ação judicial com pedido de liminar, em caráter de urgência, para que o paciente consiga a cobertura de todo o tratamento.

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